De
maneira geral, a pessoa se automutila devido a uma incapacidade de lidar com
seus próprios sentimentos. Sentimentos intensos de frustração, vazio, angústia,
medo... tão intensos que a automutilação se torna uma forma de alívio do
desespero, da dor.
O automutilador tende a ter grandes
dificuldades para expressar seus sentimentos e mesmo de compreendê-los, dificilmente
conseguindo falar sobre suas angustias ou chorar diante de outras pessoas.
O individuo que pratica automutilação não busca dor física. Ao
contrário do que a maioria pensa, não são masoquistas, e nem buscam apenas
chamar a atenção. Ao contrário, a maioria tenta esconder as cicatrizes causadas
por este ato. Normalmente esse comportamento inicia na adolescência, mas não se
trata de comportamento
rebelde ou moda, trata-se de expressão de sofrimento e por isso é necessário
tratamento.
Quando os pais ou responsáveis tomam
conhecimento da situação, é importante que procurem com urgência um psicólogo e
psiquiatra. Brigar e criticar neste momento pode piorar a situação, uma vez que
essas pessoas têm um limiar de tolerância muito baixo à frustração.
Infelizmente ainda existe muita falta de informação e preconceito em torno desse assunto. Mas é preciso saber que os casos de automutilação não são tão raros como podem parecer.
Ananda de Moura Resende
Psicóloga Clínica
(22)98282052/30514719
anandamoura@ig.com.br
este tema deveria se abordado em escolas e em todo o tipo de instituição,para que assim haja um maior reconhecimento de automutiladores,para então podermos ajudá-los,já que não é opção propria se ferir.
ResponderExcluirConcordo... é um tema importante para ser trabalhado tanto com alunos quanto com educadores... Muitas vezes esse comportamento acontece com pessoas próximas e não percebemos ou não sabemos como agir. Falar à respeito pode desmistificar, aproximar e tornar mais possível o cuidado à pessoa que sofre.
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