Aleitamento materno
O aleitamento
materno é fundamental para o desenvolvimento saudável de uma criança e envolve,
além de aspectos biológicos, aspectos psíquicos, subjetivos e emocionais.
A amamentação não
assegura um bebê saudável do ponto de vista psíquico se este momento não
estiver sendo vivenciado com amor, envolvimento, aconchego, acolhimento entre
mãe e filho...
A motivação para
escrever sobre este assunto surgiu com o caso de uma jovem mãe de 32 anos.
Beatriz * conta, com dificuldade, a culpa que vinha sentindo por não ter
amamentado a filha pelo tempo que gostaria.
Frustração, incapacidade, baixa autoestima, distanciamento da
filha...
Para ela o fato de não ter amamentado estava funcionando como
um atestado de incapacidade de ser uma boa mãe...
Não sendo uma boa mãe, ela não deveria estar tão próxima da
filha...
A situação de
Beatriz não é um caso isolado. Muitas são as mulheres que experimentam
sensações semelhantes. Isso se deve principalmente ao fato de culturalmente o
aleitamento materno estar associado à imagem de uma boa maternagem.
Com isso, a
pressão e as expectativas criadas acabam muitas vezes dificultando a
amamentação uma vez que muitas mulheres passam a se sentir obrigadas a cumprir
um papel estabelecido e consequentemente fracassadas ao não conseguirem. O medo
do fracasso acaba contribuindo para que este de fato ocorra ou para gerar maior
sofrimento psíquico quando, por algum motivo, a mãe não pode ou não consegue
amamentar. As consequências negativas são para mãe e filho...
Será que o fato de não
poder ou não conseguir amamentar faz que uma mulher não seja uma boa mãe? Será
que a mulher que amamenta seu filho de forma completamente fria e distante
emocionalmente é melhor ou mais capaz do que a mulher que nutre seu filho com
uma mamadeira de forma amorosa e cuidadosa? O que faz da mulher uma boa mãe? Essas
são algumas das perguntas que devemos nos fazer.
Do ponto de vista psicológico não importa se a amamentação é
realizada através do seio ou da mamadeira. O que importa é a qualidade da relação
estabelecida entre a mãe e a criança, a presença do corpo da mãe, o olhar da mãe
para o bebê, o afeto envolvido.
Desta forma, a representação simbólica e
imaginária do ser uma boa mãe atrelada à imposição da amamentação podem trazer
inúmeras repercussões psíquicas.
Desconstruir a crença de que não poder ou não conseguir
amamentar significa não ser uma boa mãe certamente contribuirá para relações
mais saudáveis entre mães e filhos.
* Nome fictício
Ananda de Moura Resende
Psicóloga
(22)9828-2052/3051-4719
Esse, especialmente, adorei, amiga! Estou acompanhando, está muito bacana! Bjos
ResponderExcluirÓtimo!!! Estou curtindo bastante escrever e compartilhar... fico ainda mais entusiasmada com o retorno positivo de vcs!Bjos
ExcluirAnanda, você sabe usar as palavras. Me envolvi na leitura dos textos. Parabéns pelo blog! Beijos, Laís
ResponderExcluirObrigada Laís... Continue participando deste espaço que tem sido construído com tanto carinho... Beijos
ExcluirConcordo Dra Ananda.Tendo amor, atenção e aconchego da mãe, mesmo com a mamdeira a criança não vai se sentir rejeitada. Tive uma gravidez de risco com o bebê pré matura. O médico pediu que ela fosse alimentada com leite materno. Para amamenta-la ficava muito irritada, impaciênte, traumatizada com a situação...então aconselhada pelo pediatra conseguimos uma ama de leite.Fiquei mais tranquila e a minha filhinha mamava todas. Se desenvolveu rapidamente...e todos ficaram bem....Cliente do Viver Bem
ResponderExcluirImagino o quanto sua filha ficou mais confortável com você mais tranquila e carinhosa... Independente da forma como mamou, foi possível fazer deste momento algo saudável para você e para ela... É isso aí!
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